A primeira vila nômade digital da Europa está prestes a ser inaugurada na minúscula ilha vulcânica da Madeira, uma das duas regiões autônomas de Portugal.
O Digital Nomads Madeira é lançado dia 1 de fevereiro na vila da Ponta do Sol. O objetivo é atrair nômades digitais, trabalhadores remotos que viajam pelo mundo enquanto trabalham.
Situada na costa sul da ilha, a vila nômade oferece aos trabalhadores remotos um espaço de trabalho gratuito com mesa e cadeira no Centro Cultural John do Passos, acesso a uma comunidade Slack e wi-fi gratuito das 8h às 22h diariamente.
O projecto foi desenvolvido pelo Governo Regional da Madeira, através do Startup Madeira, e com a ajuda de um consultor digital nómada. Seu objetivo é atrair nômades digitais de todo o mundo. O fechamento de escritórios devido ao COVID-19 aumentou muito o número de pessoas que podem trabalhar remotamente.
Já se inscreveram 3.000 pessoas no projeto, que pode hospedar 100 nômades. Eles ainda estão fazendo inscrições aqui.
As ilhas da Madeira foram eleitas o destino insular líder mundial, pelo sexto ano consecutivo, nos World Travel Awards 2020.
De acordo com a Digital Nomads Madeira, a Ponta do Sol oferece “as condições perfeitas para os nómadas que procuram um clima quente, sol e um estilo de vida tranquilo no meio da natureza”.
Espera-se que os nómadas tenham “um impacto muito positivo na Madeira, ao permanecer mais tempo, construindo uma comunidade, ajudando a combater a redução do turismo e a sazonalidade do mercado turístico”.
O projeto também se associou a empresas locais, como imobiliárias, hotéis e locadoras de veículos para uso dos nômades.
A vila da Ponta do Sol estende-se por 43km e acolhe 8200 pessoas. É considerada a parte mais quente da ilha com mais sol, provavelmente devido à sua posição a 1500 metros de altitude no único planalto da Madeira.
A sua economia baseia-se essencialmente na agricultura, nomeadamente na produção de cana-de-açúcar, banana, horticultura e floricultura.
